por Lisa Alves
As
aventuras de Pi, dirigido por Ang Lee, é um filme sobre o imaginário, sobre Deus(es),
sobre a natureza, sobre a arte, sobre a relação entre as espécies e sobre a
complexa relação de nós com nós mesmos.
A película em 3D é carregada de
simbolismos perspectivos e narrativos, além de paisagens exuberantes que
homenageiam a biota do planeta e assinala o domínio intransferível da natureza
(algo que passa a beber na fonte de Homero quando Pi volve-se em um Ulisses castigado, testado e expiado pelos deuses).
O
nome do protagonista também me chamou a atenção visto que como o filme o nome
de Pi possui duas variantes: a concreta é que ele foi registrado como Piscine Molitor
(em homengem ao tio que “coleciona” piscinas – um tio descrito como um Tritão)
e a romântica é sobre um garoto Pi que defendia a derivação de seu nome através
da letra grega π (Pi) que refere-se ao número mais famoso da história universal (3,14159265....). Um número que curiosamente
também foi associado a Deus, ao Criador,
à aquele que representa a fórmula geométrica
que criou a natureza.
As Aventuras de Pi é uma adaptação da
obra literária A Vida de Pi, de Yann
Martel.
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