domingo, 9 de janeiro de 2011

Associação das Mulheres Revolucionárias do Afeganistão

Encontrei alguns videos de 2010 divulgados pelo site da Rawa (Associação das Mulheres Revolucionárias do Afeganistão) que mostram o Afeganistão depois da entrada das tropas americanas. A organização luta desde 1977 pelos direitos das mulheres e crianças daquele território. Particularmente tenho uma apreciação enorme pelo trabalho corajoso realizado por estas mulheres que vivem praticamente na clandestinidade. Recomendo à todos o site da organização (Rawa.org), pois só lá para terem uma idéia completa do que mostrarei resumidamente por aqui. Visitem e divulguem!

Comunidade no Orkut da Rawa - Comunidade RAWA


Comunidade no Orkut de Meena (fundadora da Rawa)- Comunidade Meena

"RAWA, Associação Revolucionaria da Mulheres do Afeganistão , se formou em Kabul, Afeganistão, em 1977, como uma organização político social independente, das mulheres que lutam pelos direitos humanos e pela justiça social no Afeganistão. As fundadoras foram um grupo de mulheres afegãs intelectuais sobe a liderança sargais de Meena, quem foi assassinada em Quetta, Paquistão em 1987, por agentes afegãos da KGB com ligações a fundamentalistas do partido de Gulbuddin Hekmatyar. O objetivo da RAWA era de envolver um numero crescente de mulheres afegãs em atividades político sociais encaminhadas a adquirir os direitos humanos da mulheres e contribuir para o estabelecimentos de um governo baseado em valores democraticos e seculares no Afeganistão. Apesar da sufocante atmosfera política, a RAWA veio rapidamente a se envolver em várias áreas de atividades político sociais e inclusive na educação, saúde, economia e agitação política."
Videos







Fontes: Rawa e Youtube

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As práticas de consumo da sociedade atual e a relação negativa com o meio ambiente.


    
por Lisa Alves


     A partir da Revolução Industrial e com o surgimento de uma economia capitalista a sociedade global passou a ser doutrinada por uma lógica irreversível de mercado “consumo, logo existo” e a prática dessa doutrina tornou-se incontrolável e nociva ao meio ambiente. A ausência de uma educação ambiental desde o inicio do século XX também propiciou o que atualmente tem-se mais discutido em todas as esferas da sociedade: os impactos ambientais causados pelo modo de consumo dos seres humanos. 
         Nunca se consumiu tanto quanto hoje e nunca se substituiu tanto um produto pelo outro. A indústria juntamente com a publicidade vende ao consumidor um falso bem estar adquirido com a posse de um novo produto que muitas vezes só se diferencia do produto anterior por mínimos detalhes que serão também superados futuramente por uma nova  série  eis a prática da obsolescência programada.
          Durante muito tempo houve uma certeza relacionada à eternidade de nossos recursos naturais e um otimismo irracional de que o planeta poderia ser uma grande fábrica capaz de produzir qualquer sonho em forma de produto. Contudo, há pouco tempo diagnosticaram-se as feridas que essas crenças causaram a Terra e os prognósticos começaram a surgir.  O planeta não suportará nossos hábitos de consumo. Empresas começaram a mudar praticando o chamado mercado verde: recicláveis, reciclados, sem poluentes e com menos danos ambientais em sua cadeia de produção. No entanto os maiores produtores globais como China e Estados Unidos estão fora dessa mudança ligada à sustentabilidade ambiental e ironicamente são os maiores incentivadores mundiais do consumo de seus produtos. 
     Noam Chomsky (lingüista, filósofo e ativista político estadunidense) comentou na Universidade de Pequim em agosto de 2010, na palestra intitulada Contours of World Order: Continuities and Changes (Contornos da Ordem Mundial: continuidades e mudanças), que a China retirou milhões de pessoas da pobreza, no entanto, os custos, tais como a degradação ambiental, são elevados, o que irá comprometer seriamente as gerações futuras. Lembrou a platéia que em O Capital, Marx já alertava que o capitalismo representaria não só a exploração até o total esgotamento da força do trabalho, como também o próprio esgotamento da natureza.
A grande arma a favor de um mundo com práticas de consumo que não comprometam ainda mais o meio ambiente é a educação ambiental. E esta por sua vez cria uma oposição ferrenha ao lucro das potencias mundiais que doutrinam as sociedades atuais a substituírem desnecessariamente seus produtos, como faz os Estados Unidos da América propagandeando seu modelo de sociedade com o intuito de estimular o consumo dos países subdesenvolvidos e estes caírem na emboscada do consumismo e do descarte, vivendo para trabalhar e consumir os produtos industrializados que só enriquecem cada vez mais uma minoria enquanto mantém a maioria da população mundial em uma situação de escravidão pelo consumo. 
Diminuir o consumo é um desafio que o mundo deverá encarar, levando em consideração que fazemos parte de uma geração que se auto-afirma através dos bens que possui e também através da capacidade que cada um tem para adquirir cada vez mais produtos. O desafio é uma besta de sete bilhões de cabeças, bem maior que qualquer quimera apocalíptica e capaz de destruir nosso planeta em um piscar de gerações.