quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Valete (O Anti-Herói)



"A minha aversão ao imperialismo não sara
Não quero fama, nem glória, dá-me só uma T-shirt de Che Guevara
Põe-me num 7.4.7, México aqui vou
Viajo lembrando de como a segunda torre se desmoronou
Depois de 15 horas de voo, meu Boing aterrou
Já fora do aeroporto, houve um bro que me identificou"
Música - Fim da Ditadura - Valete

Valete é um rapper português. Começou a participar ativamente do movimento Hip-hop em Portugal no ano de 1997. Atualmente tem dois álbuns editados e cerca de 11.000 cópias vendidas. Nasceu dia 14 de Novembro de 1981 em Lisboa. Desde cedo criou as suas opiniões políticas e chegou a participar da Juventude Comunista Portuguesa. O rap de Valete manifesta-se essencialmente contra as correntes neo-liberais. Na música Anti-Herói define-se como um "Trotskista belicista" (faixa do album "Serviço Público").


Fonte:
Wikipédia e Youtube

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Raízes do Brasil



Sobre o Capítulo "O Homem Cordial' de Sérgio Buarque de Holanda.
Por Lisa Alves

É preciso conviver com os homens/ É preciso não assassiná-los!.
Carlos Drummond

Sempre causou-nos estranhamento o fato de que nós, humanos,
temos predileção natural aos membros de nossa família. Isso é algo que também precisa ser superado:
a semelhança dos genes. Há-se uma necessidade pulsante de amarmos
a todos os humanos em igualdade e, antes de qualquer consideração,
estabelecermos que a espécie é a nossa grande família.
Manifesto Potencialista

O Estado nasceu no instante em que alguém percebeu que havia um trabalho a ser feito,
mas que nem todo mundo precisava trabalhar.
Da escravidão do Trabalho - Manifesto Potencialista.

A família é anterior ao Estado. Sérgio Buarque tenta demonstrar, no capítulo O homem Cordial de seu livro Raízes do Brasil a oposição entre o Estado e a família. De acordo com ele o Estado nasceu através da transgressão familiar de um indivíduo. Também é citado no texto como exemplo disso a forma de trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos que adotavam uma cultura familiar de mestre e aprendiz em oposição as usinas modernas de nossos dias cuja relação humana foi aniquilada. Essa transição do trabalho industrial gerou uma crise semelhante à abolição da velha ordem familiar pelas instituições e relações sociais fundadas em nome da vida prática. E de acordo com o autor os indivíduos que não se adaptam ao meio social são justamente aqueles que sentem dificuldade de se livrarem da cultura familiar. Joaquim Nabuco é citado no capitulo e insere a idéia de que a família estraga o indivíduo: em nossa política e em nossa sociedade [...], são os órfãos, os abandonados, que vencem a luta, sobem e governam, no entanto no Brasil essa afirmação foge a realidade, é só lembrar das árvores genealógicas de nossos governantes que concluiremos que o poder sempre foi uma herança familiar, salvo algumas exceções. Tanto é que no mesmo texto pode se encontrar Sérgio Buarque afirmando que a família foi o circulo que mais predominou nas vontades particulares da nossa sociedade ao longo da nossa história.
O Homem cordial é o grande herdeiro desse ouro familiar. A fama do brasileiro é conhecida em todo o mundo: o hospitaleiro, o generoso mas também o ainda "bárbaro". O homem cordial é aquele que faz de tudo para estar no meio, para ser aceito, um sujeito totalmente emocional. E o homem emocional não consegue viver só, a solidão é uma prisão, o "estar consigo" é o "estar com nada" e o nada é perdição. O homem cordial só tem identidade a partir do momento que outro indivíduo o reconhece, só mesmo assim para ele se livrar da grade. "Vosso mau amor de vós mesmo vos faz do isolamento um cativeiro". F. Nietzsche não poderia explicar o Homem Cordial de forma melhor.
Temos tanta necessidade de convívio e intimidade que até mesmo na nossa linguagem é possível identificar isso. O diminutivo usado nela transforma as pessoas e coisas mais acessíveis e familiares. A omissão do nome de família no tratamento social também é um exemplo encontrado no texto. Na religião, por exemplo, podemos perceber que muitos santos se tornaram amigos íntimos justamente pelo uso do diminutivo Santa Teresinha, Menino Jesus. O catolicismo brasileiro transformou seus imortais em mortais e até mesmo podemos compara-los com as divindades gregas que estavam sujeitas as paixões e erros semelhantes aos dos humanos. É interessante observar que o cristianismo no Brasil foge muito a regra do original, isso pode ser explicado com base na nossa colonização: as pessoas só tinham que se dizerem cristãos, dizer as rezas mais conhecidas que eram bem vindas e abençoadas no Brasil. (Esse exemplo pode também ser encontrado no capítulo I do livro Casa-Grande e Senzala de Gilberto Freyre.)



Obs: Assistam também Raízes do Brasil em DVD, o documentário é sobre a vida de Sergio Buarque de Holanda e como foi a tragetória para o nascimento da obra.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Acabem com as pragas!

"Quem quer, não a liberdade, mas o Estado, não deve brincar de Revolução" - MIKHAIL BAKUNIN
“Me pergunto em que tipo de sociedade vivemos,
que democracia é essa que temos onde os corruptos vivem na impunidade,
e a fome das pessoas é considerada subversiva.”— Ernesto Sábato, Antes del fin (1999)
“A melhor forma de votar é arrancar as pedras da calçada e lançá-las nas cabeças dos políticos”
— Anônimo, Pichação nas ruas de Paris (2006)

“A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado.”
— Eduardo Galeano
“A única igreja que ilumina é a que queima.”
— Priotr Kropotkin

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O senhor governador “Comigo Ninguém Pode” do Distrito Federal “o avião vai decolar” arrecadou uma boa grana em nome de seus fiéis eleitores e após seu impeachment com certeza fará uma grande festa, afinal: ser afastado e impedido de governar não dói tanto quanto perder o seu “suado’ dinheirinho. Desde as eleições de 2006 seu patrimônio aumentou 1.060% (loucura? Isso é caso para guilhotina!). Ninguém é punido de fato nesse sistema, corrupção já virou arte. Ontem na entrada da Câmara Legislativa do DF tinha cidadão com placas na mão defendendo o senhor governador, no entanto não demorou muito para uma manifestante confessar “Fui obrigada pelo meu patrão! Por mim, não estaria aqui!”

domingo, 6 de dezembro de 2009

Publicidade Inteligente e Criativa

"Estou plugado nos meios de comunicação de massa e sei como funcionam.
Olho para as notícias como se fossem comerciais e para os comerciais como se fossem notícias.
Sei exatamente como ambos são construídos e para que finalidade são direcionados."
- Joey Skaggs