quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Os Kaiowá somos nós

"Os Kaiowá somos nós. Os índios não são “nossos índios”. Eles não são “nossos”. Eles são nós. Nós somos eles. Todos nós somos todos eles. Somos outros, como todos. Somos deste outro país, esta terra vasta que se vai devastando, onde ainda ecoam centenas, milhares de gentílicos, etnônimos, nomes de povos, palavras estranhas, gramáticas misteriosas, sons inauditos, sílabas pedregosas mas também ditongos doces, palavras que escondem gentes e línguas de que sequer suspeitávamos os nomes.Nomes que mal sabemos, nomes que nunca ouvimos, mas vamos descobrindo." - Revista Modo de Usar & Co. 




 
totem from Andre Vallias on Vimeo.




Leia o texto completo na  Revista Modo de Usar & Co. 
Dica de Katyuscia Carvalho Kanauã Kaluanã

2 comentários:

  1. Ainda como disse Eduardo Viveiros de Castro: "Um poema que diz o que somos, quem somos, nossos nomes, os nomes de nossos “antepassados” míticos que nos distinguem no desconcerto das nações. Uma lista sempre inacabada, nomes que surgem e nomes que desaparecem, nomes inventados, nomes sonhados, nomes equivocados, nomes dados por outrem, nomes de um na língua de outro, às vezes meros garranchos nos livros-registros do Estado, ganchos onde os brancos penduram sua ignorância e sua arrogância. Meros nomes. Entretanto, como dizem os Daribi da Nova Guiné (apud Roy Wagner): “Um homem é uma coisa de nada. Mas quando se ouve seu nome, ele se torna algo grande”."

    E ouço o Saramago ecoando: "Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens."

    Maravilha partilhar contigo e beber de ti o que ofertas nas tuas fontes, Lisa. Um grande beijo.

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    1. Somos todos terráqueos! Eu que agradeço pela parceria e troca de conhecimento. grande beijo

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