segunda-feira, 23 de agosto de 2010

No caminho errado



        O curta chama a atenção pela forma simples de explicar como a sociedade tende a permanecer na "linha da morte" - na prisão mental, na alienação das coisas como se a arquitetura global desenhada por uma minoria fosse a melhor planta realizada. A segunda fase mostra o despertar de alguns “beija-flores" que decidem apagar a enorme queimada e assim despertam outros para uma verdade que até então era desconhecida "Se seguires nessa linha, serás atropelado." É fácil observar o medo de mudar que atingi um planeta tão acomodado com as leis regidas, com a prática do consumo que aprisiona o ser e substitui o verdadeiro "sentido da existência", com a ignorância disfarçada de "informação rápida", com a arte industrializada e produzida em série. 
        Sou contra o apologismo ideológico, pois acredito que a evolução e a mudança só serão reais quando florescerem de dentro de cada ser humano. Muitos modelos ruíram, pois surgiram de revoluções armadas com o slogan "Ou você está conosco ou contra" por isso o modelo global atual ganhou tanto apreciadores - a tortura é sutil e está ligada com o fetiche possuidor "Eu trabalho, eu compro, eu participo".Contudo o trem está a caminho e até quando estaremos vivos nessa linha?

6 comentários:

  1. De como as práticas do consumo aprisiona o ser e substitui o verdadeiro "sentido da existência”. Muito instigante! Isso é uma boa leitura do modo como todos nós, de certo forma, somos atravessados por relações capitalistas, a ponto de perdermos o sentido das coisas fundamentais da existência. Isso é o alijamento que alienação produz em seu estado terminal: o roubo da existência, ou para lembrar o velho Marx, é a alienação do eu. Aliás, o uso de algumas categorias marxistas são muito bem válidas. Na minha opinião ninguém analisou tão bem o modo de funcionamento do capitalismo que Karl Marx, nem mesmo Max Weber.

    O vídeo é interessante.

    abraço

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  2. Lisa,é sempre necessario falar desse trantorno na humanidade.Esquecemos da simplicidade.A avareza nos corroi como cupins!A demencia da ditadura capitalsta é tão perniciosa quanto qualquer outra! A liberdade presumida da democracia liberal seria muito melhor sem este inferno da ganacia e da máquina consumista que nos transforma em coisas brutas ainda que sofisticadas.Contradiçao da (i)lógica capitalista. Nao sei a que se reduzirá o futuro do mundo,dos humanos.Uma humanidade cada vez mais técno-cientifica,onde poucos controlaram cada vez mais a maioria.A alienaçao do prazer nao nos fará pensar muito.Tudo pronto ,consumido feito num supermercado.A vida é estranha:morremos,mas a existencia é complica.vivemos de sonhos e pesadelos,um convite a paz e fazemos guerras!Processo lento a evoluçao humana na sua inteligencia mais sensivel.Talvez...o resumo da ópera seja este mesmo:construir,desconstruir,destruir...até uma nova expeirnecia que poderá nos dá a paz .Mas..o humano é imperfeito...resta-nos avançar a cada geraçao pelo prazer de mover a historia e dasafiar a nós mesmo como obra.Abraço.Livia.

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  3. Lisa,
    Penso que a tortura nem sempre é sutil e nem sempre é oriunda de tais fetiches, muitas vezes há outros vetores imperceptíveis. Daí a não ser possível generalizações nessa seara. A motivação, por sua vez, é interna, mas com estímulo apropriado ela poderá aflorar. Bjssssssssss

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  4. Alguma coisa me diz que longe de ser ficcional ou simbólico esse curta é como uma lente de contato que se justapõe à nossa realidade.
    Bela resenha.

    grande abraço

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  5. Nossa! Esse tópico renderia assunto para uma noite inteira de conversa no bar!
    =D
    Mas uma coisinha que fiquei com vontade de comentar: essa competição e a prática de subjulgar infelizmente são inerentes ao ser humano. Seja do mais rico subjulgando o mais pobre (como vemos na sociedade ocidental contemporanea), seja do mais forte sobre mais fraco, do mais culto sobre o inculto, etc. Esse molde captalista tende sim a ruir mais cedo os mais tarde (como tantos outros ja ruiram antes dele), mas temo afirmar que mesmo nos moldes futuros o ser humano continuará criando formas de hierarquia e escravização em suas relações.

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