domingo, 16 de agosto de 2009

Control

Dicas de filmes




"Control" (Inglaterra, EUA, 2007).

Eu existo da melhor forma que posso
O passado agora faz parte do meu futuro
O presente está muito fora de controle.”

Ian Curtis (15 de julho de 1956 — 18 de maio de 1980))


Filme baseado no livro “Touching From a Distance” de Deborah Curtis (viúva de Ian Curtis) que conta a trajetória artística e amorosa de Ian Curtis (vocalista da banda Joy Division). Destaque no festival de Cannes por conta da brilhante direção de Anton Corbijn, diretor que já trabalhou com bandas de destaque como Echo and the Bunnymen, Depeche Mode, U2, Nirvana, Travis, Metallica, The Killers e a própria Joy Division.





O filme é um poema melancólico como as letras da Joy Division e profundo como a alma de seu vocalista Ian Curtis. Às vezes apático como a falta de expressão facial de Ian e desesperado como seus movimentos no palco. Filmado em preto e branco as imagens passam a sensação de que você está convidado a ver o mundo da forma que Ian Curtis sentia, percebia e reprovava. Do jovem fantasiado de David Bowie ao homem casado de sentimentos divididos a beira de uma fatal desistência da vida. São 122 minutos misturados de vida pessoal e estréia da Joy Division (banda de rock dos anos 70/80). No entanto o filme é mais focado na vida de Curtis do que na própria banda.

Para quem não conhece a história de Curtis, está aí uma boa oportunidade. E para os fãs um presente in memorian de uma personalidade artística inesquecível.





Poema a Ian Curtis

Enquanto você caminhava em silêncio
Eu nem pensava em existir
No entanto teu pavor estampado nos olhos apáticos
são equivalentes ao meu sorriso de tristeza.
Você buscava controle?
Você gritava sua dor por ninguém conseguir enxergá-la em sua face? Você estava fora de seu tempo?
Sentimentos, isolação, amores, escolhas e dança.
O menino que morreu em 1980
E a menina que nasceu em 1981
E ainda assim vivemos no mesmo mundo, brincando com palavras, sofrendo com palavras e dançando com as letras.
Não descanse, vibre!
No ar ouço Isolation, na terra the eternal, no céu ouvirei você.